Lincoln Vieira Tavares
Ao
finalizarmos mais um ano, no calendário terrestre, deparamos com as já
tradicionais previsões para o futuro ano, com presságios, que são elaborados
por diversos convidados pelos meios de comunicação: rádio, televisão, internet,
revistas e jornais, não somente de nosso
país, mas de todo o mundo.
Allan Kardec
estudou, com certa profundidade o assunto, no quinto livro da codificação espírita,
intitulado: A Gênese, no capítulo 16 “As predições, segundo o espiritismo” e
também dedicou parte de um capítulo, que está
em Obras Póstumas, abordando “Dupla Vista –conhecimento do futuro-
previsões”.
Resumidamente,
com base nesses estudos, chegamos à conclusão, mesmo porque sabemos que tempo e
espaço são concepções humanas, do seguinte:
Se
alguém, por exemplo, subindo a uma montanha, tiver uma visão de longa estrada,
abaixo, onde se vê um caminho cheio de obstáculos, e sabendo que um viandante irá trafegar por
ela, perceberá, por antecipação, o que irá encontrar essa pessoa, em sua
caminhada. Certamente, serão pontes, pedras, perigos, árvores, água,
obstáculos, que deverá vencer. Dependerá dele, de sua capacidade, transpor tudo
isso, para chegar ao seu destino final. A isso podemos chamar de livre-arbítrio.
O homem da montanha estará vendo o
caminho, onde o viandante já passou, onde ele está agora, e por onde ainda irá
passar. É o passado, o presente e o futuro.
Imaginemos,
então, que esse símbolo material seja agora visto ao prisma espiritual, e
teremos o seguinte raciocínio:
Alguém
que possa se desligar, temporariamente das preocupações terrestres, ligando-se
mais ao plano espiritual, seria comparado ao homem que subiu a montanha, estará
além do nosso planeta, e poderá ter sua visão ampliada, sendo que para ele,
presente, passado e futuro serão vistos como uma só estrada.
A
estrada que, simbolicamente, o homem da montanha viu, é a representação disso.
Os
espíritos superiores tem essa visão ainda
amplificada, quanto maior seja sua evolução.
Deus
então, tem a visão absoluta, total.
Mas,
e quanto a revelar isso às pessoas?
Existem
duas situações:
Nem
sempre essas visões são corretas, podendo tratar-se de mistificações,
conscientes, ou até inconscientes.
Por
outro lado, a espiritualidade não permite que determinadas coisas sejam
reveladas, por serem prejudiciais à própria evolução das criaturas, que
necessitam desconhecê-las, em seu
próprio benefício.
Por
fim, não se trata de um destino fixado, porque através do livre-arbítrio, esse
trajeto poderá ser modificado, inclusive pela maneira de atuar de cada um de
nós, bem como, o Mundo Maior poderá
alterar esse roteiro, se necessário.
Vamos
concluir então, com Allan Kardec e
Jesus, que a melhor forma, será ignorarmos
nosso futuro, e seguirmos as pegadas do Divino Mestre, no dia a dia, com base
em seu Evangelho de Amor, à luz de nossa abençoada Doutrina Espírita.
Que
o Ano Novo de 2.013, nos traga muita Paz e muito Amor.