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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O ANO NOVO: PREDIÇÕES E PREVISÕES


Lincoln Vieira Tavares

Ao finalizarmos mais um ano, no calendário terrestre, deparamos com as já tradicionais previsões para o futuro ano, com presságios, que são elaborados por diversos convidados pelos meios de comunicação: rádio, televisão, internet,  revistas e jornais, não somente de nosso país, mas de todo o mundo.

Allan Kardec estudou,  com certa profundidade  o assunto,  no quinto livro da codificação espírita, intitulado: A Gênese, no capítulo 16 “As predições, segundo o espiritismo” e também dedicou parte de um capítulo, que está  em Obras Póstumas, abordando “Dupla Vista –conhecimento do futuro- previsões”.

Resumidamente, com base nesses estudos, chegamos à conclusão, mesmo porque sabemos que tempo e espaço são concepções humanas, do seguinte:

Se alguém, por exemplo, subindo a uma montanha, tiver uma visão de longa estrada, abaixo, onde se vê um caminho cheio de obstáculos,  e sabendo que um viandante irá trafegar por ela, perceberá, por antecipação, o que irá encontrar essa pessoa, em sua caminhada. Certamente, serão pontes, pedras, perigos, árvores, água, obstáculos, que deverá vencer. Dependerá dele, de sua capacidade, transpor tudo isso, para chegar ao seu destino final. A isso podemos chamar de livre-arbítrio. O homem da montanha estará  vendo o caminho, onde o viandante já passou, onde ele está agora, e por onde ainda irá passar. É o passado, o presente e o futuro.

Imaginemos, então, que esse símbolo material seja agora visto ao prisma espiritual, e teremos o seguinte raciocínio:

Alguém que possa se desligar, temporariamente das preocupações terrestres, ligando-se mais ao plano espiritual, seria comparado ao homem que subiu a montanha, estará além do nosso planeta, e poderá ter sua visão ampliada, sendo que para ele, presente, passado e futuro serão vistos como uma só estrada.

A estrada que, simbolicamente, o homem da montanha viu, é a representação disso.

Os espíritos  superiores tem essa visão ainda amplificada, quanto maior seja sua evolução.

Deus então,  tem a visão absoluta,  total.

Mas, e quanto a revelar isso às pessoas?

Existem duas situações:

Nem sempre essas visões são corretas, podendo tratar-se de mistificações, conscientes, ou até inconscientes.

Por outro lado, a espiritualidade não permite que determinadas coisas sejam reveladas, por serem prejudiciais à própria evolução das criaturas, que necessitam desconhecê-las,  em seu próprio benefício.

Por fim, não se trata de um destino fixado, porque através do livre-arbítrio, esse trajeto poderá ser modificado, inclusive pela maneira de atuar de cada um de nós, bem como,  o Mundo Maior poderá alterar esse roteiro, se necessário.

Vamos concluir então, com Allan Kardec  e Jesus, que a melhor forma,  será ignorarmos nosso futuro, e seguirmos as pegadas do Divino Mestre, no dia a dia, com base em seu Evangelho de Amor, à luz de nossa abençoada Doutrina Espírita.

Que o Ano Novo de 2.013, nos traga muita Paz e muito Amor.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO PENSAMENTO POSITIVO:


Lincoln Vieira Tavares

         Quando deparamos em alguma revista ou jornal, com o título acima, já pensamos tratar-se de algum artigo referente a auto ajuda, algo semelhante a doutrinas esotéricas, ou um novo livro que se anuncia.
         No entanto, nós que participamos da Doutrina Espírita, muitas vezes desconhecemos a recomendação dos espíritos superiores, desde a codificação, até os dias atuais, a respeito do assunto.
         Desde Allan Kardec, até os dias atuais, os mentores têm nos dito da importância de vivermos e pensarmos positivamente, sendo inclusive uma das defesas contra a obsessão, e principalmente, hoje em dia, da tão temida depressão.
         O pensamento, informam-nos os espíritos do bem, tem forma e vida, e pode ser percebido, tanto pelas entidades adiantadas,  quanto pelas atrasadas, que nos influirão, positiva ou negativamente, em nossas vidas.
         O espírito André Luiz, através de Francisco Cândido Xavier, em suas inúmeras obras, principalmente em ‘Sinal Verde’ oferece-nos lições muito importantes a respeito do assunto, o mesmo acontecendo com Emmanuel, através da obra intitulada ‘Coragem’.
         Sabemos que quando vibramos positivamente, pensando em bondade, amor, perdão, alegria, vontade de vencer nossas dificuldades, coragem, por exemplo, os mensageiros do bem, já desencarnados, se aproximam de nós, e fazem coro conosco, transmitindo-nos eflúvios benéficos de coragem para a luta, bênçãos, carinho em nosso favor.
         Diante disso, é claro que não estamos impedidos de consultar obras respeitáveis que outras doutrinas, o esoterismo, ou a psicologia nos oferecem, mesmo porque a Doutrina Espírita nada nos proíbe, mas é bom que fiquemos cientes de que possuímos um verdadeiro  manancial dentro da  literatura espírita sobre o tema, além de que nossa abençoada Doutrina Consoladora repousa no otimismo cristão, que o Divino Mestre nos trouxe, escrito nos Evangelhos, que devem ser estudados no dia a dia de nossas vidas, e vividos, com carinho e dedicação.
         Um dos maiores espíritas de todos os tempos, o iniciador das Mocidades Espíritas no Brasil, Professor Leopoldo Machado, hoje no Mundo Espiritual, quando encarnado, criou o lema, que está vivo até agora:

SEMPRE PARA A FRENTE E PARA O ALTO


         Isto nos fala em otimismo sempre, pensamento positivo, com Jesus, em favor de todos nós!
         Vamos pensar sobre isso?
        
         

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ALLAN KARDEC E O ESPIRITISMO:


Lincoln Vieira Tavares

         O mês de outubro tornou-se um marco para nós espíritas, considerando a data do dia três, pela vinda, através da reencarnação,  desse espírito de escol, que assumiu o pseudônimo de Allan Kardec, tornando-se o codificador da Doutrina Espírita, luz incomparável para um mundo em trevas.
Oriundo de uma família de juristas, Hippolyté León Denizard Rivail, seu verdadeiro nome, jovem ainda, foi estudar na Suiça, em Yverdon, em tradicional escola, com o Professor Pestalozzi, tornando-se educador.
 Regressando posteriormente à França, para exercer sua profissão, abraçou com carinho  o magistério, chegando inclusive a escrever algumas obras didáticas de grande importância.
No entanto, sua missão, assumida no mundo maior, era bem outra, ligada ao terreno da espiritualidade.
Descendente de família católica, na França, sentiu-se influenciado, quando estudante,  pelo protestantismo calvinista, através de seu mestre Pestalozzi, na Suiça, e em seu retorno,  tornara-se livre-pensador.
Um dia, o professor encontra-se com um antigo conhecido, que o convida para assistir a uma sessão em que dizia ele: “as mesas giravam, dançavam, e respondiam perguntas”. Incrédulo, adepto agora de algumas teorias do já existente positivismo francês, ele refuta a idéia, e vai comprovar por si próprio.
Ao presenciar o fenômeno, conclui a respeito da existência de alguma força, que pudesse ocasionar os fenômenos, concluindo, que: “todo efeito, há que ter uma causa”, e depois que percebeu que, através de pancadas, combinadas as batidas, através de um código, as respostas dadas às perguntas, eram inteligentes, chegou também à conclusão de que: “todo efeito inteligente, há que ter uma causa inteligente”.
Partindo daí, iniciou seus estudos, e após eliminar todas as possibilidades de fraudes, de fenômenos anímicos (advindos do próprio indivíduo encarnado), concluiu que seres desencarnados, que já tinham vivido neste mundo, ou seja, as almas dos homens que aqui já viveram, espontaneamente, provocavam os fenômenos.
Adota o pseudônimo de Allan Kardec, para não confundir  as obras escritas que viriam a seguir, com as educacionais já existentes,  passando ao trabalho intenso e precioso da codificação espírita, ou seja, a preparar os livros que se seguiriam, orientado pelos espíritos superiores.
O primeiro foi: O LIVRO DOS ESPÍRITOS, perguntas e respostas, verdadeiro diálogo com os espíritos superiores, sobre todos os problemas do ser do destino e da dor, verdadeiro alicerce da Doutrina Espírita, seguindo-se: O LIVRO DOS MÉDIUNS, orientação sobre o intercâmbio espiritual, passando ao EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, a parte moral, podemos dizer,  religiosa do espiritismo, O CÉU E O INFERNO, ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo, tratando-se das penas e gozos terrestres e futuros, e por último A GÊNESE, sobre a criação, e questionamentos de grande importância,  para nosso estudo.
Dizer tudo o que o grande codificador nos oferece, não seria possível, em simples artigo, sendo importante apenas concluir, que o espiritismo  repousa em:
JESUS E ALLAN KARDEC

terça-feira, 26 de junho de 2012

ANTE OS MUNDOS SUPERIORES:

Reunião pública de 21-8-61.
1ª Parte, cap. III, item 11

Quando nos referirmos aos mundos superiores, recordemos que a Terra, um dia, formará entre eles, por estância divina. Atualmente, no entanto, apesar das magnificências que laureiam a civilização em todos os continentes, não podemos alhear-nos do preço que pagará pela promoção.

Sem dúvida, os campos ideológicos da vida internacional entrarão em conflitos encarniçados pelo domínio. As nuvens de ódio que se avolumam, na psicosfera do Planeta, rebentarão em tormentas arrasadoras sobre as comunidades terrestres. Contudo, as vibrações do sofrimento coletivo funcionarão por radioterapia na esfera da alma, sanando a alienação mental dos povos que sustentam as chagas da miséria, em nome da idéia de Deus, e daqueles outros que pretendem extirpá-las, banindo a idéia de Deus das próprias cogitações.
Engenhos de extermínio desintegrarão os quistos raciais e as cadeias que amordaçam o pensamento, remediando as agonias econômicas da Humanidade e dissipando as correntes envenenadas do materialismo, a estender-se por afrodisíaco da irresponsabilidade moral.

***

Enunciando, porém, semelhantes verdades, é forçoso dizer que não somos profetas do belicismo, nem Cassandras do terror.
Examinamos simplesmente o quadro escuro que as nações poderosas organizaram e que lhes atormenta, hoje, os gabinetes de governança, ainda mesmo quando se esforçam por disfarçá-lo nos banquetes políticos e nos votos de paz.
E, ao fazê-lo, desejamos apenas asseverar a nossa fé positiva no grande futuro, quando o homem, superior a todas as contingências, respirar, enfim, livre dos polvos da guerra que lhe sugam as energias e lhe entornam inutilmente o sangue em esgotos de lágrimas.

***

Abrindo as estradas do espírito para essa era de luz, abracemos a charrua do suor, pela vitória do bem, seja qual seja o nosso setor de ação.
Obreiros da imortalidade contemplaremos os habitantes da Terra a emergirem de todos os escombros com que pretendam sepultar-lhes as esperanças, elevando-se em direitura de outras plagas do Universo! E, enquanto nos empenhamos, cada vez mais, em largas dívidas para com a Ciência que nos rasga horizontes e traça caminhos novos, vivamos na retidão de consciência, fiéis ao Cristo, no serviço incessante de burilamento da alma, na certeza de que, se a glorificação chega por fora, a verdadeira felicidade é obra de dentro.

Emmanuel

Extraído do Livro Justiça Divina

sábado, 7 de abril de 2012

CHICO XAVIER, ANIVERSARIANTE DE ABRIL:

Lincoln Vieira Tavares

Dia 02 de abril passado, relembramos com carinho que Francisco Cândido Xavier, nosso querido Chico Xavier, completaria 102 anos de idade.

Nascido em 02 de abril de 1.910, e desencarnado em 30 de junho de 2.002, havia completado 92 anos, de uma vida missionária, toda ela dedicada ao trabalho na mediunidade, em favor do próximo.

Dentro de sua simplicidade, disse que queria desencarnar no dia em que os brasileiros estivessem muito felizes, talvez para que não se preocupassem tanto com sua partida. Deixou o corpo material, exatamente no dia em que o Brasil comemorava a conquista de mais uma copa do mundo.

Se examinarmos a atual existência do querido amigo, iremos concluir que foi realmente um missionário.

O espírito Erasto,  que informa ter sido discípulo de São Paulo, com diversas mensagens nas obras da codificação espírita, informa que o verdadeiro missionário não sabe que o é, além de ser alguém que se dedica de modo integral ao próximo. Chico Xavier se considerava um “cisco”  como ele dizia, e nunca se vangloriou, a respeito de sua obra.

Quantas famílias ele consolou, através de mensagens psicografadas, e de conselhos seguros, com tanto desprendimento e carinho!

É de se ressaltar  um outro aspecto muito importante, principalmente em relação aos dias atuais, a respeito de “dar de graça o que de graça recebeu”, dentro dos preceitos do Evangelho de Jesus.  Jamais nosso querido médium se utilizou de suas faculdades, mesmo no auge da fama, através da mídia, para receber algo em troca, quer seja monetariamente, ou de favores. Sempre pobre e humilde, mesmo que enfermo,  portador de diversas dificuldades, como diabetes, cegueira parcial de um olho, angina e outros.

Muitos perguntam a respeito de quem seria seu substituto, e nós espíritas, que estudamos a doutrina, podemos afirmar que o espiritismo não tem hierarquia, sacerdócio, assim ninguém terá substitutos.
No entanto, sua obra é maravilhosa, deixou para todos nós um verdadeiro compêndio doutrinário, que certamente muitas gerações ainda irão estudar, e sobre tudo um programa de reforma interior, com vistas à nossa evolução espiritual, que necessitamos abraçar, o quanto antes.

Por último, sua fidelidade a Jesus e a Allan Kardec, constitui para todos um exemplo de dignidade, fé e ética espiritual, modelo a ser seguido por quantos pretendem alcançar a bênção da paz e do progresso, já na atual existência.

Querido Chico Xavier, que no mundo espiritual, você permaneça trabalhando, como sabemos que está, em favor de todos nós, seus irmãos em Cristo, e seguidores, mesmo que lentamente, da Doutrina Consoladora, o Espiritismo,  que nos tem agasalhado, nos momentos mais difíceis de nossas existências. 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

ACONTECEU EM BELÉM

Onde está o recém-nascido Rei dos judeus?
Porque vimos a sua estrela no Oriente,
e viemos para adorá-lo.” Mat. 2-2.
Os Magos que fizeram essa pergunta ao Rei Herodes, provenientes de terras orientais e sem nenhuma referência posterior na história, vêm ilustrar um dos momentos maravilhosos do Cristianismo, quando o Verbo se fez carne e habitou entre nós.

O fato de todos nós conhecido é que um jovem casal proveniente de Nazareth encontrava-se em Belém naqueles dias. A mulher estava para dar à luz uma criança. Não havendo como se hospedarem em local mais adequado, se abrigaram em uma estrebaria.

Ali nasceu um menino e uma luz resplandeceu. Seguramente não foi avistada só pelos Magos citados no evangelho. Muitos homens e mulheres que já tinham se despertado para os reais valores do espírito foram afetados por essa visão espectral decorrente da luminosidade que emanava daquele espírito que se fazia homem.

O Profeta Jeremias, há muito havia dito que em Belém, na linhagem de Judá, nasceria o Rei dos Judeus.

Cumpriu-se a profecia. Mas naquele lugar e naquela hora não nasceu o Rei dos Judeus e sim o baluarte sagrado da humanidade. Ali, numa estrebaria, viu-se surgir o mais puro exemplo de amor a Deus e a todas as suas criaturas.

Os Magos trouxeram-lhe presentes que até hoje são cantados em manifestações folclóricas, mas não questionados a respeito do esplendoroso valor simbólico que representam na elaboração das metas do sistematizado progresso espiritual.

Diz o evangelista que um dos presentes foi o incenso. Produto resinoso de um vegetal que, de acordo com os costumes daquele povo, tinha por objetivo perfumar e purificar o ambiente. Recebeu também de presente, ouro. O mais precioso dos metais. E finalmente, segundo a escritura, foi presenteado com mirra, planta que para muitos povos é símbolo da imortalidade.

Dentro deste contexto histórico-religioso podemos tirar várias lições: o menino, aclamado pelos cristãos como rei, foi recebido pelo mundo em uma estrebaria. O incenso ali estava para purificar e perfumar o ambiente do recém-nascido. Do ouro, símbolo de poder e riqueza, ninguém mais teve noticia. O próprio Jesus mais tarde falaria que “o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. Prova que ele estava acima dos bens materiais e que o presente dourado nenhuma importância teve em sua vida. E o galho de mirra veio materializar, no momento, a certeza do Mago oriental de que somos todos eternos, tal como Deus em sua onipotência.

Hoje vivificados pelo paráclito somos novos cristãos que recebemos por lição este novo ensinamento.

Devemos renascer em nós buscando a simplicidade das coisas do mundo. Poderemos purificar qualquer que seja o ambiente com o INCENSO dos bons pensamentos e a doçura de atitudes edificantes.

Do mundo, utilizaremos apenas o que se fizer necessário. Somos senhores da matéria e não escravos dela. Motivados pelo verdadeiro amor nos tornaremos um Midas de novas proporções. Toda matéria se transformará em OURO, quando tocada pelas mãos da beneficência.

E equalizando as virtudes da simplicidade espiritual com o cintilante tesouro da caridade, seguramente ostentaremos o belo ramo de MIRRA, que guiará o nosso espírito que nasceu para ser imortal.

Há muito conhecemos esta história. O Menino Jesus faz parte de nossos discursos, poemas e orações. Falta-nos apenas o despertar para o Cristo. Contudo, permeados pelo conhecimento que a Doutrina Espírita nos proporciona, hoje podemos vislumbrar a luz percebida pelos Magos naquele tempo. E chegará o dia que nossa consciência nos perguntará “onde está o recém-nascido, rei dos homens, cuja claridade revitaliza as mentes e faz jubilosos os corações”? Com grata satisfação responderemos: Ele está dentro de nós, iluminando o céu de nossa alma que até então vagava insensível através dos tortuosos caminhos da ignorância. Ele está em nós assim como está no Pai que nos deu a vida e a Graça de crescermos em sua Glória.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A FIGUEIRA SEM FRUTOS:

Lincoln Vieira Tavares

No Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XIX – A Fé Transporta Montanhas -itens 8 a10, Allan Kardec transcreve e comenta o seguinte texto evangélico, que está em Marcos: 11:12 a 14 e 20 a 23: “No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas, porque não era tempo de figos. Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém, fruto de ti! E seus discípulos ouviram isso. E passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz. Então, Pedro, lembrando-se, falou: Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou. Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus, porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele”.

Aprendemos com o espírito Emmanuel, através de nosso Chico Xavier, a interpretar textos evangélicos, de modo minucioso, trazendo seu conteúdo para os dias atuais, e “tirando o espírito da letra”. Vejamos, bem resumido, devido ao nosso espaço, o seguinte:

A parábola é um símbolo material, da qual se tira conclusões espirituais. Fome, segundo nossos dicionários, seria um desejo ardente de algo, e acrescentamos, nem sempre de alimentos para o corpo. Jesus e os espíritos superiores têm fome de encontrar criaturas, que somos todos nós, que ofereçam algo de bom, sublime, espiritual, amor ao próximo, tolerância, perdão.

A figueira, vista à distância, apresentava folhas, mas não tinha frutos, sendo que, segundo conhecimento antigo, os frutos viriam antes das folhas. Quantos que, em suas vidas, apresentam apenas folhas, ou seja, aparentam produzir frutos espirituais, mas têm somente aparência. Allan Kardec, coloca a possibilidade da existência de médiuns nessa condição. Oradores brilhantes, instituições, até respeitáveis, mas que no fundo, estão apenas carregadas de folhas, enfeites.

Mas, como produzir frutos fora do tempo? Fácil entender que, quem produz frutos no tempo, é bom, mas fora do tempo é ótimo. Significa, por exemplo, auxiliar alguém, quando também se está em dificuldades. Socorrer aflitos, mesmo passando por problemas aflitivos. Seria aquele “algo mais”, que a espiritualidade nos pede.

E a maldição que Jesus lançou a figueira? Como seria possível, um Ser como o Divino Mestre, fazer isso, com uma simples árvore? É também simbólico, pois Jesus “deixa de lado”, “despreza”, aqueles que não se esforçam na prática do bem. A expressão “amaldiçoar” utilizada, pode ser mudada para “desprezar”, pois que tem origem, em sua tradução, na palavra hebraica “QALAL”, que pode significar tanto amaldiçoar, como desprezar, deixar de lado, de acordo com um professor de hebraico, que consultamos, um teólogo protestante.

Por último, Jesus aconselha ter fé em Deus, porque quem exercita uma verdadeira fé, consegue produzir frutos fora do tempo, ou seja, fazer o bem, mesmo atravessando provas e expiações, e para tanto, nossa querida Doutrina Espírita, nos oferece o suporte necessário, com base nos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Moralismos e Extremismos:

(...)

Esta também era a minha dificuldade: anular-me e não pretender que o Sol me elegesse como o centro de sua órbita no Cosmo! Quanto mais conseguisse me apequenar, mais conseguiria realmente superar-me – não ser mais que os outros, mas, sim, mais que eu mesmo. Todavia, como é difícil viver com sinceridade! Creio até que ainda não possuímos sanidade mental para sermos inteiramente bons... O Amor, em quem não está preparado para amar ou ser amado, pode levar à loucura. Espero que eu esteja sendo compreendido. A renúncia de um Francisco de Assis, por exemplo, induziu à perturbação os que, espiritualmente, não se colocaram à altura de compreendê-la... Os que querem se fazer santos da noite para o dia ensandecem. Eu já tratara de pacientes assim: escolhendo o caminho da santidade plena, abdicavam de tudo – dinheiro, conforto, vida sexual ativa... Os que não se transfiguraram em intolerantes e intoleráveis moralistas, pregando o advento do Reino de Deus pelas ruas, iam parar no Sanatório em lastimável situação. Era, pois, melhor não ter pressa – pecar sem extremismo e ser virtuoso com moderação; avançar sempre, mas um passo atrás do outro e não pretender tomar o Céu de assalto...
Livro: Por Amor ao Ideal
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Inácio Ferreira
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier
Para mudar o mundo é preciso mudar a si mesmo.
Projeto Saber e Mudar
Aos poucos e sempre.
Estudar e conhecer.

Agir e transformar.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Palestra: Amor e Fé!

Palestra: Amor e Fé!
com Paulo Carvalho Pereira
(Massoterapeuta em Muzambinho)

Ocorreu quarta-feira, 25/01/2012, às 20h, no Centro de Estudos Espíritas 'O Semeador', em Nova Resende - MG.






quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A MEDIUNIDADE COM JESUS:

Lincoln Vieira Tavares

Há alguns anos, viveu entre nós encarnado, hoje no Plano Espiritual, o companheiro MARTINS PERALVA, que residiu em Belo Horizonte, trabalhando incansavelmente na União Espírita Mineira, como diretor, além de escritor de obras espíritas, destinadas ao estudo, como por exemplo, ESTUDANDO A MEDIUNIDADE, e outras.

Para felicidade nossa, mantivemos com ele boa amizade, mesmo à distância, através de correspondências, e pessoalmente, quando de visitas em palestras, na Federativa Mineira.

MARTINS PERALVA, criou a expressão: “Mediunidade com Jesus”, fazendo uma distinção entre MEDIUNISMO E MEDIUNIDADE.

Nós estudantes e dirigentes espíritas, sabemos que os fenômenos mediúnicos existem desde tempos imemoriais, e até hoje surgem em todos os recantos, independentemente de estarem vinculados ao espiritismo.

O querido mentor Emmanuel, através de nosso Chico Xavier, faz uma comparação muito sábia, dizendo que a cachoeira, é verdadeira obra divina, maravilhosa para ser vista, e pode despontar em diversos lugares, mas que somente represada, através da usina, poderá oferecer energia e luz a toda uma população.

Assim a mediunidade, que sem controle, pode ser qualificada como “mediunismo”, ao tempo em que, orientada através do estudo, da prática disciplinada, constituir-se-á em verdadeira bênção, luz para os nossos caminhos, consolo para a humanidade.

Teremos, então, a “Mediunidade com Jesus”, porque amparada pelos ensinamentos evangélicos, e pela orientação da Doutrina Espírita.

Ao passo que a “Mediunidade sem Jesus”, o mediunismo, poderá oferecer espetáculos, mesmo considerados extraordinários, somente a “Mediunidade com Jesus” pacificará nossas almas, orientará as criaturas para a prática do bem e do amor ao próximo, representará para a humanidade o Verdadeiro Consolador prometido por Jesus.

Aproveitemos a oportunidade de estudos, que a Doutrina Espírita nos oferece, através dos Centros Espíritas, bênção de paz e amor, em nossas existências, sem nos esquecermos da prática evangélica, que o Divino Mestre nos ensinou, que se encontra na Boa Nova, hoje explicada à luz do Consolador Prometido pelo próprio Jesus, e que hoje nos agasalha a alma.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Rápida passagem:

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egito. Seu objetivo era visitar um famoso rabino.

O turista ficou surpreso ao ver que o rabino morava num quarto simples, cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma mesa e um banco.

Onde estão os seus móveis? Perguntou o turista.

E o rabino bem depressa perguntou também:

Onde estão os seus?

Os meus? Disse o turista. Mas eu estou aqui de passagem.

Eu também. Falou o rabino.

* * *

A vida na Terra é somente uma passagem. No entanto, vivemos como se fôssemos ficar aqui eternamente.

A grande preocupação é amontoar coisas. São casas na cidade, na praia, no campo, no Exterior.

Vários carros de cores, marcas e potências diferentes, para ocasiões diversas. Inúmeras roupas, dezenas de calçados, prédios, terrenos, joias. Quanto mais se possui, mais se deseja.

Justo que o homem anseie pela casa confortável, vestimenta adequada à estação, boa alimentação.

Tudo isso faz parte da vida material. São coisas necessárias para nos manter e podermos gozar de relativa segurança.

Entretanto, por que ajuntar tantas coisas, utilizando um tempo enorme em trabalho constante, sem nos preocuparmos com a vida do Espírito?

De um modo geral, afirmamos que não temos tempo para orar, para ler e estudar a respeito do mundo espiritual, do porquê nascemos e vivemos.

Nossa preocupação é exclusivamente no campo profissional, para ter sucesso, ganhar sempre mais.

Essa maneira de pensar é tão forte em nós que, ao auxiliarmos nossos filhos a se decidirem por essa ou aquela profissão, costumeiramente sugerimos que eles escolham a mais rendosa. Aquela profissão que, num tempo muito curto, trará excelente retorno.

Preocupamo-nos com as notas da escola, com seu desempenho nos esportes, nas artes.

Tudo muito correto! Mas, e quanto ao Espírito? Quando teremos tempo para lhes falar de Deus, da alma, de Jesus, da lei de amor?

Quando nós mesmos teremos tempo para frequentar um templo religioso? Para ajuntar tesouros espirituais, trabalhando as virtudes em nós?

Lembremos que a vida no corpo é uma passagem apenas.

Vivamos bem mas, de forma sábia, também cultivemos as coisas do Espírito, preparando a nossa vida para além da tumba.

* * *

A vida espiritual é a verdadeira vida. A vida terrena é breve e tem por objetivo o progresso do Espírito.

Estamos na Terra exatamente como alguém que chegasse de um lugar distante, parasse em uma determinada estação, ali permanecesse por um tempo e, depois, tomasse a condução de volta ao ponto de origem.

Assim são as nossas idas e vindas da Pátria espiritual para a Terra e daqui para lá.

Por esse motivo asseverou Jesus na parábola do homem que encheu os seus celeiros e se preparou para aproveitar tudo, ao máximo: Louco. Ainda esta noite a morte virá te buscar a alma.
 
Redação do Momento Espírita, com base em conto do
livro Histórias da alma, histórias do coração, de Christina
Feldmann e Jack Kornfield, ed. Pioneira.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.
Em 28.12.2011.