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sábado, 7 de maio de 2011

OS NOSSOS SONHOS

Lincoln Vieira Tavares

Interessante examinarmos a questão dos “sonhos”, não agora no sentido literal, mas como sendo a busca de um objetivo, o alcance de um Ideal, o “sonho” de cada um.

Como é importante “sonhar”, é o inicio pela busca de um Ideal, que para muitos de nós, representa um objetivo de ordem pessoal, ou mesmo em favor de alguém ligado a nós, na atual existência.

No entanto, muito mais importante quando se “sonha” em favor de algo que possa beneficiar a coletividade.

Por exemplo, Gandi “sonhou” com a liberdade do povo indiano, concretizada, mesmo com o sacrifício de sua própria vida.

Florence Nightingale “sonhou” com uma organização de saúde, ela que, mesmo contra a vontade de sua família, abraçou a causa da enfermagem, tornando-se precursora da fundação da chamada Cruz Vermelha, de alcance mundial, e trabalhando em favor de enfermos, por ocasião de guerras e em hospitais na Inglaterra, onde viveu.

Pestalozzi, o grande educador de Allan Kardec, “sonhou” com um novo Ideal de educação, válido até hoje, cuidando de órfãos, crianças abandonadas, igualando-as com filhos de famílias de elite da Europa.

Vejamos, também, no campo da religião, o “sonho” de Moisés, com a Terra Prometida, a Canaã, conduzindo seu povo, sob a crença de um Deus Único, por quarenta anos de lutas e vitórias, para a liberdade, sempre sob a idealização da Justiça. Em meio a isso, recebeu mediunicamente, os dez mandamentos, em vigor até hoje, entre nós.

Jesus “sonhou” com um mundo de irmãos, mediante o Sermão da Montanha, trazendo-nos a Lei do Amor.

E Allan Kardec, em cumprimento à sua missão, também “sonhou” com um planeta regenerado, onde a lei da fraternidade pudesse sustentar as criaturas.

E o espiritismo, foi a concretização desse “sonho”, o cristianismo redivivo, chamando novamente os homens para suas responsabilidades diante da vida. É o encadeamento dos ideais divinos para a libertação do homem das trevas e o consequente despertar para a luz. Moisés abriu a estrada, Jesus continuou a obra, e com o espiritismo a concluirá.

Cabe, agora, a cada um de nós, mesmo continuando a ter “sonhos” pessoais, do interesse de cada um, auxiliar também na tarefa que o espiritismo nos apresenta, ou seja, lutarmos contra as nossas imperfeições morais, e auxiliarmos o próximo, na qualidade de irmãos de toda a humanidade, a fim de que se concretize o “sonho” de tantos missionários, que em síntese amaram e ainda amam a todas as criaturas, sob a direção permanente de nosso Governador, Jesus Cristo, o espírito mais perfeito que já veio até nós, conforme nos ensinam os espíritos superiores, na questão de número 625 de nossa obra básica, O Livro dos Espíritos.