Páginas

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A Outra Face:

Por: Lincoln Vieira Tavares

      Todos conhecemos a mensagem do Evangelho de Jesus, que está em Mateus e em Lucas, neste último, no capítulo 6, versículo 29, quando somos orientados a oferecer a outra face, quando formos agredidos.
         Importante algumas considerações a respeito, uma vez que Jesus falava do não revide e da vingança.
         O sentido de oferecer a outra face, não pode ser encarado de forma literal, pois a Doutrina Espírita nos ensina que ao sermos agredidos, por qualquer modo que seja,  físico ou moral, oferecer a outra face seria mostrar uma visão diferente,  não somente através do perdão, mas também mostrando o outro lado. Assim, se recebemos uma ofensa, que seria uma maldade, uma injustiça, devemos reagir falando, ou exemplificando com o bem, com paciência, com tolerância. Seria mostrar uma visão nova, positiva. Então, vamos entender que a outra face seria o contrário, em reação benéfica, dentro do princípio do amar ao próximo como a nós mesmos. Não quer isso dizer covardia, como muitos podem acreditar.
         No Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo X, ao final, encontramos respostas do espírito São Luis, a respeito da possibilidade de corrigirmos o próximo, quando necessário. Assim, é claro que temos o direito e até o dever de assim procedermos, só que sem violência, utilizando-nos dos meios legais e dentro da normalidade que nossa existência nos proporciona.
         Amar é também corrigir, quando necessário, e isso é muito importante.
         Lembramo-nos do nosso Divaldo Franco, em palestra, quando relata que certa vez ao ser promovido a um cargo de chefia no Instituto de Pensões, onde trabalhava, um dos colegas regozijou-se com ele, dizendo que então seria “uma beleza”, porque Divaldo sendo espírita, e dentro da passagem evangélica a que nos referimos, nada de corrigenda  iria ocorrer, a partir de então. É claro que nosso companheiro esclareceu a situação, e passou a agir dentro de suas obrigações, ou seja, se necessário, seus subordinados iriam ser corrigidos.
         Houve época em que espíritas não eram aceitos como jurados, pelo Ministério Público, sob alegação de que absolveriam os réus, em quaisquer circunstancias.
         Hoje, através de mensagens de espíritos superiores, todos sabemos de nossa obrigação, e da necessidade de  corrigenda,  para a própria evolução do Ser.
         Assim, muito importante que emocionalmente não guardemos mágoa ou ressentimento e nos utilizemos do perdão, mas se necessário, teremos de apelar para que sejam observados nossos direitos.
         Do contrário, os maus seriam sempre os vencedores, o os bons derrotados, anulando todo o trabalho de aprendizado e evolução que os emissários divinos estão empenhados, em relação do nosso Planeta Terra.
         Para tanto, todos nós somos os instrumentos.
         Precisamos, nós espíritas, estudar mais o Novo Testamento, e coloco aqui algumas passagens que peço sejam analisadas, e que tratam do assunto: Epístola de Paulo aos Hebreus Capítulo 12, versículos 6 e 11.

Perdão, esquecimento, sim, mas correção quando necessária, é o dever de todos nós espíritas. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

JOÃO BATISTA, O PRECURSOR:

Lincoln Vieira Tavares
         
      No mundo ocidental, o dia 24 de junho de cada ano é dedicado a João Batista, considerado o precursor, porque ele, segundo os evangelhos, veio anunciar a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.
         Todos sabemos, pelo que consta do Novo Testamento,  que João, chamado depois o Batista, era filho de Zacarias, que foi sacerdote do Templo de Jerusalém, e de Izabel, prima de Maria Santíssima, mãe  de Jesus, e que ele veio ao planeta Terra sete anos antes do Divino Mestre.
         Também, não é novidade para nós espíritas, tratar-se da volta do Profeta Elias, referido no Velho Testamento, reencarnado, conforme consta de diversas passagens, por exemplo, em Lucas 1:17 e Mateus 11:14 e 17:12, para onde  remetemos os nossos leitores,  para que possam tirar suas conclusões.
         O Profeta Elias, que trabalhou, em seu tempo, pelo cumprimento rigoroso da Lei de Moisés, determinou a execução de 400 profetas do “Deus Baal”, conforme está em 1º  Reis 18:40, vindo a resgatar sua dívida, na qualidade de João Batista, tendo sua cabeça cortada, a mandado do Rei Herodes, e a pedido de Salomé.
         João pregava o arrependimento, preparando a vinda de Jesus, e batizava, com água, dizendo que outro viria, do qual não seria digno de “desatar as sandálias” e que aquele batizaria com fogo e o Espírito Santo.
         Tinha ele discípulos, e levava uma vida simples, espiritualizada, caminhava pelo deserto, dizendo ser “a voz do que clama no deserto”, e alimentando-se com bastante modéstia.
         Quando João recebe a presença de Jesus, ele o batiza no Rio Jordão, como que para apresentá-lo ao povo, e transferir sua missão, dizendo ser necessário que diminuísse para que ele, o Divino Mestre, crescesse, mandando que seus discípulos seguissem a Jesus.
         Importante lembrar que João, chamado o Batista, batizava com água, que  simboliza a vida, o arrependimento, a reflexão para a  reforma íntima,  sendo  que Jesus nunca batizou, sendo que agora entendemos, também, através da Doutrina Espírita,  ser o batismo do fogo o nosso aprendizado nesta e em todas as existências,  pelas quais passamos, o próprio apagar do “pecado original” cometido por nós mesmos em outras existências, no dizer de Allan Kardec, e o batismo do Espírito Santo, a eclosão da mediunidade, a ponte de luz, entre os dois planos, o espiritual e o material.

         Temos de ressaltar, a renúncia de João, exemplo para todos nós, que precisamos cumprir nossa tarefa e passar adiante, buscando sempre “diminuir para que outros possam crescer”, em todos os lugares por onde andemos, na sociedade, nos lares, e principalmente nos Centros Espíritas, ao tempo em que, desenvolveremos em nós mesmos, os três tipos de batismos referidos, para que sejamos também precursores para muitas almas, mesmo que, como João, pensemos “clamar no deserto”, precisamos ir em frente, sempre com Allan Kardec, e  sob a égide de Jesus Cristo.

terça-feira, 7 de maio de 2013

A QUESTÃO DA OBSESSÃO:

Lincoln Vieira Tavares

         Assunto muito estudado nos meios espíritas, mas que sempre nos chama a atenção, por merecer mais alguma colocação, e que poderá acrescentar algo ao nosso aprendizado.
         É conhecida a teoria, que aprendemos com Allan Kardec, no Livro dos Médiuns, de que a obsessão pode ser classificada nas formas:  SIMPLES, FASCINAÇÃO E SUBJUGAÇÃO.
         Enquanto que na obsessão simples é de se perceber apenas ligeiro incômodo, ou seja, alguma idéia que se fixa ligeiramente, ou algo que se inicia na mente do ser, de modo sugestivo, sempre na forma negativa, na fascinação, o fascinado acredita que está tudo bem, mas ser ele o “dono da verdade”, que está sempre certo, sendo a pessoa mais importante, o centro de tudo,  não aceitando contestações. Já quando subjugado, costuma agir pelo impulso de uma vontade exterior, quase sempre de uma entidade desencarnada, que o coloca sob seu domínio.
         André Luiz, espírito, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, fala ainda  da chamada POSSESSÃO, a qual se refere também Allan Kardec, semelhante à subjugação, talvez ainda mais agressiva, mas que o codificador evitou mencionar, para que, na época, muitos não  confundissem  com a idéia de uma “tomada” pelo gênio do mal, muito em voga no século XIX, e porque não dizer,  ainda até hoje.
         Resta saber quem provoca em quem a obsessão, e temos aprendido que ela pode ocorrer de espíritos desencarnados, para nós encarnados, que é a forma mais conhecida, por exemplo, vinda de inimigos de existências passadas, e sabemos ainda que nem sempre nós somos  as vítimas, mas que às vezes eles é que foram nossas, em época remotas.
         Pode acontecer a influência espiritual negativa em sentido contrário, ou seja, nós encarnados, influenciarmos, através de nossos pensamentos, seres já desencarnados, por exemplo, aqueles entes queridos que já  passaram  para o plano espiritual,  quando nos apegamos a eles, ou então, por exemplo, continuarmos a lançar pensamentos de desamor a supostos inimigos desencarnados.
         Acontece,  ainda, influências obsessivas entre espíritos desencarnados, no plano da vida maior, quando inimigos se reencontram e se digladiam, até que possam se reconciliar, através do perdão.
         Entre nós, na Terra mesmo, ocorre a obsessão entre encarnados, quando criaturas inimigas, através do pensamento, se odeiam.
         Além de tudo isso, é muito comum, principalmente, nos dias atuais, a chamada AUTO-OBSESSÃO, quando o individuo passa a ter determinadas idéias fixas, que terá seguramente por caminho uma futura depressão, atraindo ainda espíritos obsessores,   para completar esse clima enfermiço.
         A solução para tudo isso, iremos encontrar no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, hoje explicado à luz da Doutrina Espírita, que terá de ser precedido no dia a dia de nossas vidas, pelo VIGIAR E ORAR, desde o momento em nos erguemos de nosso leito, ao de nosso recolhimento, e pelo trabalho constante no bem.

Vamos meditar sobre isso?

quinta-feira, 4 de abril de 2013

BRILHE A VOSSA LUZ:


Lincoln Vieira Tavares
         Encontramos no Evangelho de Jesus diversas passagens que nos falam da importância da luz, que não iremos transcrever, por falta de espaço, mas que anotamos para que nossos leitores possam consultar: Mateus 5:14 a 16 – Lucas 11:35 a 36 – João 12:35 – Efésios 5:8.
         Segundo os evangelistas, Jesus coloca os discípulos como “luz do mundo”, dizendo que eles deveriam fazer brilhar a luz diante dos homens, através das boas obras, enquanto que são também os Efésios orientados, em epístola de Paulo,  para que eles andassem como filhos da luz.
         Devemos saber que todas essas advertências, dizem respeito a nós também, que nos intitulamos cristãos e espíritas, seguidores do Evangelho do Cristo.
         Importante entendermos que o mundo hoje, infelizmente, tem trabalhado na “contra mão” desses ensinamentos, onde as pessoas são conhecidas mais pelo TER do que pelo SER, além da impessoalidade, pois muitas vezes somos números e senhas, e nada obstante o grande e louvável progresso intelectual,  ainda existe a ausência de espiritualidade,  em todas os níveis do planeta.
         Para falarmos em luz, precisamos saber o que é sombra e o que são trevas.
         Na verdade, trevas significa ausência completa e total de luz, enquanto que a sombra é o reflexo da luz, sendo que a luz quando encontra um obstáculo, ocasiona a sombra.
         Transpondo essa realidade para o contexto espiritual, temos que todos nós somos centelhas divinas, portanto filhos da luz, e se ainda manifestamos sombra, em nossas vidas, é porque existem obstáculos que impedem a presença constante da luz, já existente em todas as criaturas humanas.
         Quais seriam esses obstáculos?
         JUNG fala de “acolher a sombra e iluminá-la”. Portanto, não podemos negar a nossa sombra, isso equivaleria a colocarmos os problemas nossos “sob o tapete”, porém, se assumirmos essa realidade, precisamos trabalhar no sentido de iluminar, com a luz que já possuímos, a sombra que existe em nós, através do autoconhecimento, que nos indicará nosso roteiro para a transformação.
         Esse roteiro, certamente, iremos encontrar nos Evangelhos do Senhor, explicados à luz da abençoada Doutrina Espírita, que nos esclarece que a sombra refere-se ao egoísmo, ao orgulho, à vaidade, a ausência do perdão, enquanto que a luz é o bem, o amor, consequentemente o perdão, o trabalho em favor do próximo.
         Aproveitemos, então, essa oportunidade que hoje nos oferece o Consolador Prometido por Jesus, e mãos à obra, não para tentar mudar o mundo que nos acolhe, mas sim em favor da reforma íntima de cada um de nós. 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O ANO NOVO: PREDIÇÕES E PREVISÕES


Lincoln Vieira Tavares

Ao finalizarmos mais um ano, no calendário terrestre, deparamos com as já tradicionais previsões para o futuro ano, com presságios, que são elaborados por diversos convidados pelos meios de comunicação: rádio, televisão, internet,  revistas e jornais, não somente de nosso país, mas de todo o mundo.

Allan Kardec estudou,  com certa profundidade  o assunto,  no quinto livro da codificação espírita, intitulado: A Gênese, no capítulo 16 “As predições, segundo o espiritismo” e também dedicou parte de um capítulo, que está  em Obras Póstumas, abordando “Dupla Vista –conhecimento do futuro- previsões”.

Resumidamente, com base nesses estudos, chegamos à conclusão, mesmo porque sabemos que tempo e espaço são concepções humanas, do seguinte:

Se alguém, por exemplo, subindo a uma montanha, tiver uma visão de longa estrada, abaixo, onde se vê um caminho cheio de obstáculos,  e sabendo que um viandante irá trafegar por ela, perceberá, por antecipação, o que irá encontrar essa pessoa, em sua caminhada. Certamente, serão pontes, pedras, perigos, árvores, água, obstáculos, que deverá vencer. Dependerá dele, de sua capacidade, transpor tudo isso, para chegar ao seu destino final. A isso podemos chamar de livre-arbítrio. O homem da montanha estará  vendo o caminho, onde o viandante já passou, onde ele está agora, e por onde ainda irá passar. É o passado, o presente e o futuro.

Imaginemos, então, que esse símbolo material seja agora visto ao prisma espiritual, e teremos o seguinte raciocínio:

Alguém que possa se desligar, temporariamente das preocupações terrestres, ligando-se mais ao plano espiritual, seria comparado ao homem que subiu a montanha, estará além do nosso planeta, e poderá ter sua visão ampliada, sendo que para ele, presente, passado e futuro serão vistos como uma só estrada.

A estrada que, simbolicamente, o homem da montanha viu, é a representação disso.

Os espíritos  superiores tem essa visão ainda amplificada, quanto maior seja sua evolução.

Deus então,  tem a visão absoluta,  total.

Mas, e quanto a revelar isso às pessoas?

Existem duas situações:

Nem sempre essas visões são corretas, podendo tratar-se de mistificações, conscientes, ou até inconscientes.

Por outro lado, a espiritualidade não permite que determinadas coisas sejam reveladas, por serem prejudiciais à própria evolução das criaturas, que necessitam desconhecê-las,  em seu próprio benefício.

Por fim, não se trata de um destino fixado, porque através do livre-arbítrio, esse trajeto poderá ser modificado, inclusive pela maneira de atuar de cada um de nós, bem como,  o Mundo Maior poderá alterar esse roteiro, se necessário.

Vamos concluir então, com Allan Kardec  e Jesus, que a melhor forma,  será ignorarmos nosso futuro, e seguirmos as pegadas do Divino Mestre, no dia a dia, com base em seu Evangelho de Amor, à luz de nossa abençoada Doutrina Espírita.

Que o Ano Novo de 2.013, nos traga muita Paz e muito Amor.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO PENSAMENTO POSITIVO:


Lincoln Vieira Tavares

         Quando deparamos em alguma revista ou jornal, com o título acima, já pensamos tratar-se de algum artigo referente a auto ajuda, algo semelhante a doutrinas esotéricas, ou um novo livro que se anuncia.
         No entanto, nós que participamos da Doutrina Espírita, muitas vezes desconhecemos a recomendação dos espíritos superiores, desde a codificação, até os dias atuais, a respeito do assunto.
         Desde Allan Kardec, até os dias atuais, os mentores têm nos dito da importância de vivermos e pensarmos positivamente, sendo inclusive uma das defesas contra a obsessão, e principalmente, hoje em dia, da tão temida depressão.
         O pensamento, informam-nos os espíritos do bem, tem forma e vida, e pode ser percebido, tanto pelas entidades adiantadas,  quanto pelas atrasadas, que nos influirão, positiva ou negativamente, em nossas vidas.
         O espírito André Luiz, através de Francisco Cândido Xavier, em suas inúmeras obras, principalmente em ‘Sinal Verde’ oferece-nos lições muito importantes a respeito do assunto, o mesmo acontecendo com Emmanuel, através da obra intitulada ‘Coragem’.
         Sabemos que quando vibramos positivamente, pensando em bondade, amor, perdão, alegria, vontade de vencer nossas dificuldades, coragem, por exemplo, os mensageiros do bem, já desencarnados, se aproximam de nós, e fazem coro conosco, transmitindo-nos eflúvios benéficos de coragem para a luta, bênçãos, carinho em nosso favor.
         Diante disso, é claro que não estamos impedidos de consultar obras respeitáveis que outras doutrinas, o esoterismo, ou a psicologia nos oferecem, mesmo porque a Doutrina Espírita nada nos proíbe, mas é bom que fiquemos cientes de que possuímos um verdadeiro  manancial dentro da  literatura espírita sobre o tema, além de que nossa abençoada Doutrina Consoladora repousa no otimismo cristão, que o Divino Mestre nos trouxe, escrito nos Evangelhos, que devem ser estudados no dia a dia de nossas vidas, e vividos, com carinho e dedicação.
         Um dos maiores espíritas de todos os tempos, o iniciador das Mocidades Espíritas no Brasil, Professor Leopoldo Machado, hoje no Mundo Espiritual, quando encarnado, criou o lema, que está vivo até agora:

SEMPRE PARA A FRENTE E PARA O ALTO


         Isto nos fala em otimismo sempre, pensamento positivo, com Jesus, em favor de todos nós!
         Vamos pensar sobre isso?
        
         

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ALLAN KARDEC E O ESPIRITISMO:


Lincoln Vieira Tavares

         O mês de outubro tornou-se um marco para nós espíritas, considerando a data do dia três, pela vinda, através da reencarnação,  desse espírito de escol, que assumiu o pseudônimo de Allan Kardec, tornando-se o codificador da Doutrina Espírita, luz incomparável para um mundo em trevas.
Oriundo de uma família de juristas, Hippolyté León Denizard Rivail, seu verdadeiro nome, jovem ainda, foi estudar na Suiça, em Yverdon, em tradicional escola, com o Professor Pestalozzi, tornando-se educador.
 Regressando posteriormente à França, para exercer sua profissão, abraçou com carinho  o magistério, chegando inclusive a escrever algumas obras didáticas de grande importância.
No entanto, sua missão, assumida no mundo maior, era bem outra, ligada ao terreno da espiritualidade.
Descendente de família católica, na França, sentiu-se influenciado, quando estudante,  pelo protestantismo calvinista, através de seu mestre Pestalozzi, na Suiça, e em seu retorno,  tornara-se livre-pensador.
Um dia, o professor encontra-se com um antigo conhecido, que o convida para assistir a uma sessão em que dizia ele: “as mesas giravam, dançavam, e respondiam perguntas”. Incrédulo, adepto agora de algumas teorias do já existente positivismo francês, ele refuta a idéia, e vai comprovar por si próprio.
Ao presenciar o fenômeno, conclui a respeito da existência de alguma força, que pudesse ocasionar os fenômenos, concluindo, que: “todo efeito, há que ter uma causa”, e depois que percebeu que, através de pancadas, combinadas as batidas, através de um código, as respostas dadas às perguntas, eram inteligentes, chegou também à conclusão de que: “todo efeito inteligente, há que ter uma causa inteligente”.
Partindo daí, iniciou seus estudos, e após eliminar todas as possibilidades de fraudes, de fenômenos anímicos (advindos do próprio indivíduo encarnado), concluiu que seres desencarnados, que já tinham vivido neste mundo, ou seja, as almas dos homens que aqui já viveram, espontaneamente, provocavam os fenômenos.
Adota o pseudônimo de Allan Kardec, para não confundir  as obras escritas que viriam a seguir, com as educacionais já existentes,  passando ao trabalho intenso e precioso da codificação espírita, ou seja, a preparar os livros que se seguiriam, orientado pelos espíritos superiores.
O primeiro foi: O LIVRO DOS ESPÍRITOS, perguntas e respostas, verdadeiro diálogo com os espíritos superiores, sobre todos os problemas do ser do destino e da dor, verdadeiro alicerce da Doutrina Espírita, seguindo-se: O LIVRO DOS MÉDIUNS, orientação sobre o intercâmbio espiritual, passando ao EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, a parte moral, podemos dizer,  religiosa do espiritismo, O CÉU E O INFERNO, ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo, tratando-se das penas e gozos terrestres e futuros, e por último A GÊNESE, sobre a criação, e questionamentos de grande importância,  para nosso estudo.
Dizer tudo o que o grande codificador nos oferece, não seria possível, em simples artigo, sendo importante apenas concluir, que o espiritismo  repousa em:
JESUS E ALLAN KARDEC