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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Moralismos e Extremismos:

(...)

Esta também era a minha dificuldade: anular-me e não pretender que o Sol me elegesse como o centro de sua órbita no Cosmo! Quanto mais conseguisse me apequenar, mais conseguiria realmente superar-me – não ser mais que os outros, mas, sim, mais que eu mesmo. Todavia, como é difícil viver com sinceridade! Creio até que ainda não possuímos sanidade mental para sermos inteiramente bons... O Amor, em quem não está preparado para amar ou ser amado, pode levar à loucura. Espero que eu esteja sendo compreendido. A renúncia de um Francisco de Assis, por exemplo, induziu à perturbação os que, espiritualmente, não se colocaram à altura de compreendê-la... Os que querem se fazer santos da noite para o dia ensandecem. Eu já tratara de pacientes assim: escolhendo o caminho da santidade plena, abdicavam de tudo – dinheiro, conforto, vida sexual ativa... Os que não se transfiguraram em intolerantes e intoleráveis moralistas, pregando o advento do Reino de Deus pelas ruas, iam parar no Sanatório em lastimável situação. Era, pois, melhor não ter pressa – pecar sem extremismo e ser virtuoso com moderação; avançar sempre, mas um passo atrás do outro e não pretender tomar o Céu de assalto...
Livro: Por Amor ao Ideal
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Inácio Ferreira
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier
Para mudar o mundo é preciso mudar a si mesmo.
Projeto Saber e Mudar
Aos poucos e sempre.
Estudar e conhecer.

Agir e transformar.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Palestra: Amor e Fé!

Palestra: Amor e Fé!
com Paulo Carvalho Pereira
(Massoterapeuta em Muzambinho)

Ocorreu quarta-feira, 25/01/2012, às 20h, no Centro de Estudos Espíritas 'O Semeador', em Nova Resende - MG.






quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A MEDIUNIDADE COM JESUS:

Lincoln Vieira Tavares

Há alguns anos, viveu entre nós encarnado, hoje no Plano Espiritual, o companheiro MARTINS PERALVA, que residiu em Belo Horizonte, trabalhando incansavelmente na União Espírita Mineira, como diretor, além de escritor de obras espíritas, destinadas ao estudo, como por exemplo, ESTUDANDO A MEDIUNIDADE, e outras.

Para felicidade nossa, mantivemos com ele boa amizade, mesmo à distância, através de correspondências, e pessoalmente, quando de visitas em palestras, na Federativa Mineira.

MARTINS PERALVA, criou a expressão: “Mediunidade com Jesus”, fazendo uma distinção entre MEDIUNISMO E MEDIUNIDADE.

Nós estudantes e dirigentes espíritas, sabemos que os fenômenos mediúnicos existem desde tempos imemoriais, e até hoje surgem em todos os recantos, independentemente de estarem vinculados ao espiritismo.

O querido mentor Emmanuel, através de nosso Chico Xavier, faz uma comparação muito sábia, dizendo que a cachoeira, é verdadeira obra divina, maravilhosa para ser vista, e pode despontar em diversos lugares, mas que somente represada, através da usina, poderá oferecer energia e luz a toda uma população.

Assim a mediunidade, que sem controle, pode ser qualificada como “mediunismo”, ao tempo em que, orientada através do estudo, da prática disciplinada, constituir-se-á em verdadeira bênção, luz para os nossos caminhos, consolo para a humanidade.

Teremos, então, a “Mediunidade com Jesus”, porque amparada pelos ensinamentos evangélicos, e pela orientação da Doutrina Espírita.

Ao passo que a “Mediunidade sem Jesus”, o mediunismo, poderá oferecer espetáculos, mesmo considerados extraordinários, somente a “Mediunidade com Jesus” pacificará nossas almas, orientará as criaturas para a prática do bem e do amor ao próximo, representará para a humanidade o Verdadeiro Consolador prometido por Jesus.

Aproveitemos a oportunidade de estudos, que a Doutrina Espírita nos oferece, através dos Centros Espíritas, bênção de paz e amor, em nossas existências, sem nos esquecermos da prática evangélica, que o Divino Mestre nos ensinou, que se encontra na Boa Nova, hoje explicada à luz do Consolador Prometido pelo próprio Jesus, e que hoje nos agasalha a alma.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Rápida passagem:

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egito. Seu objetivo era visitar um famoso rabino.

O turista ficou surpreso ao ver que o rabino morava num quarto simples, cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma mesa e um banco.

Onde estão os seus móveis? Perguntou o turista.

E o rabino bem depressa perguntou também:

Onde estão os seus?

Os meus? Disse o turista. Mas eu estou aqui de passagem.

Eu também. Falou o rabino.

* * *

A vida na Terra é somente uma passagem. No entanto, vivemos como se fôssemos ficar aqui eternamente.

A grande preocupação é amontoar coisas. São casas na cidade, na praia, no campo, no Exterior.

Vários carros de cores, marcas e potências diferentes, para ocasiões diversas. Inúmeras roupas, dezenas de calçados, prédios, terrenos, joias. Quanto mais se possui, mais se deseja.

Justo que o homem anseie pela casa confortável, vestimenta adequada à estação, boa alimentação.

Tudo isso faz parte da vida material. São coisas necessárias para nos manter e podermos gozar de relativa segurança.

Entretanto, por que ajuntar tantas coisas, utilizando um tempo enorme em trabalho constante, sem nos preocuparmos com a vida do Espírito?

De um modo geral, afirmamos que não temos tempo para orar, para ler e estudar a respeito do mundo espiritual, do porquê nascemos e vivemos.

Nossa preocupação é exclusivamente no campo profissional, para ter sucesso, ganhar sempre mais.

Essa maneira de pensar é tão forte em nós que, ao auxiliarmos nossos filhos a se decidirem por essa ou aquela profissão, costumeiramente sugerimos que eles escolham a mais rendosa. Aquela profissão que, num tempo muito curto, trará excelente retorno.

Preocupamo-nos com as notas da escola, com seu desempenho nos esportes, nas artes.

Tudo muito correto! Mas, e quanto ao Espírito? Quando teremos tempo para lhes falar de Deus, da alma, de Jesus, da lei de amor?

Quando nós mesmos teremos tempo para frequentar um templo religioso? Para ajuntar tesouros espirituais, trabalhando as virtudes em nós?

Lembremos que a vida no corpo é uma passagem apenas.

Vivamos bem mas, de forma sábia, também cultivemos as coisas do Espírito, preparando a nossa vida para além da tumba.

* * *

A vida espiritual é a verdadeira vida. A vida terrena é breve e tem por objetivo o progresso do Espírito.

Estamos na Terra exatamente como alguém que chegasse de um lugar distante, parasse em uma determinada estação, ali permanecesse por um tempo e, depois, tomasse a condução de volta ao ponto de origem.

Assim são as nossas idas e vindas da Pátria espiritual para a Terra e daqui para lá.

Por esse motivo asseverou Jesus na parábola do homem que encheu os seus celeiros e se preparou para aproveitar tudo, ao máximo: Louco. Ainda esta noite a morte virá te buscar a alma.
 
Redação do Momento Espírita, com base em conto do
livro Histórias da alma, histórias do coração, de Christina
Feldmann e Jack Kornfield, ed. Pioneira.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.
Em 28.12.2011.