Lincoln Vieira Tavares
Assunto muito estudado nos meios espíritas, mas que sempre
nos chama a atenção, por merecer mais alguma colocação, e que poderá
acrescentar algo ao nosso aprendizado.
É conhecida a teoria, que aprendemos com Allan Kardec, no
Livro dos Médiuns, de que a obsessão pode ser classificada nas formas: SIMPLES,
FASCINAÇÃO E SUBJUGAÇÃO.
Enquanto que na obsessão simples é de se perceber apenas
ligeiro incômodo, ou seja, alguma idéia que se fixa ligeiramente, ou algo que
se inicia na mente do ser, de modo sugestivo, sempre na forma negativa, na
fascinação, o fascinado acredita que está tudo bem, mas ser ele o “dono
da verdade”, que está sempre certo, sendo a pessoa mais importante, o
centro de tudo, não aceitando contestações.
Já quando subjugado, costuma agir pelo impulso de uma vontade exterior, quase
sempre de uma entidade desencarnada, que o coloca sob seu domínio.
André Luiz, espírito, através da mediunidade de Francisco
Cândido Xavier, fala ainda da chamada POSSESSÃO, a qual se refere também
Allan Kardec, semelhante à subjugação, talvez ainda mais agressiva, mas que o
codificador evitou mencionar, para que, na época, muitos não confundissem com a idéia de uma “tomada” pelo gênio do
mal, muito em voga no século XIX, e porque não dizer, ainda até hoje.
Resta saber quem provoca em quem a obsessão, e temos
aprendido que ela pode ocorrer de espíritos desencarnados, para nós encarnados,
que é a forma mais conhecida, por exemplo, vinda de inimigos de existências passadas,
e sabemos ainda que nem sempre nós somos as vítimas, mas que às vezes eles é que foram
nossas, em época remotas.
Pode acontecer a influência espiritual negativa em sentido
contrário, ou seja, nós encarnados, influenciarmos, através de nossos pensamentos,
seres já desencarnados, por exemplo, aqueles entes queridos que já passaram para o plano espiritual, quando nos apegamos a eles, ou então, por
exemplo, continuarmos a lançar pensamentos de desamor a supostos inimigos
desencarnados.
Acontece, ainda,
influências obsessivas entre espíritos desencarnados, no plano da vida maior,
quando inimigos se reencontram e se digladiam, até que possam se reconciliar,
através do perdão.
Entre nós, na Terra mesmo, ocorre a obsessão entre
encarnados, quando criaturas inimigas, através do pensamento, se odeiam.
Além de tudo isso, é muito comum, principalmente, nos dias
atuais, a chamada AUTO-OBSESSÃO,
quando o individuo passa a ter determinadas idéias fixas, que terá seguramente
por caminho uma futura depressão, atraindo ainda espíritos obsessores, para
completar esse clima enfermiço.
A solução para tudo isso, iremos encontrar no Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo, hoje explicado à luz da Doutrina Espírita, que terá
de ser precedido no dia a dia de nossas vidas, pelo VIGIAR E ORAR, desde o momento em nos erguemos de nosso leito, ao
de nosso recolhimento, e pelo trabalho constante no bem.
Vamos meditar sobre
isso?