Por: Lincoln Vieira Tavares
Todos conhecemos a mensagem do Evangelho de Jesus, que está
em Mateus e em Lucas, neste último, no capítulo 6, versículo 29, quando somos
orientados a oferecer a outra face, quando formos agredidos.
Importante algumas considerações a respeito, uma vez que
Jesus falava do não revide e da vingança.
O sentido de oferecer a outra face, não pode ser encarado de
forma literal, pois a Doutrina Espírita nos ensina que ao sermos agredidos, por
qualquer modo que seja, físico ou moral,
oferecer a outra face seria mostrar uma visão diferente, não somente através do perdão, mas também
mostrando o outro lado. Assim, se recebemos uma ofensa, que seria uma maldade,
uma injustiça, devemos reagir falando, ou exemplificando com o bem, com
paciência, com tolerância. Seria mostrar uma visão nova, positiva. Então, vamos
entender que a outra face seria o contrário, em reação benéfica, dentro do
princípio do amar ao próximo como a nós mesmos. Não quer isso dizer covardia,
como muitos podem acreditar.
No Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo X, ao final,
encontramos respostas do espírito São Luis, a respeito da possibilidade de
corrigirmos o próximo, quando necessário. Assim, é claro que temos o direito e
até o dever de assim procedermos, só que sem violência, utilizando-nos dos
meios legais e dentro da normalidade que nossa existência nos proporciona.
Amar é também corrigir, quando necessário, e isso é muito
importante.
Lembramo-nos do nosso Divaldo Franco, em palestra, quando
relata que certa vez ao ser promovido a um cargo de chefia no Instituto de
Pensões, onde trabalhava, um dos colegas regozijou-se com ele, dizendo que
então seria “uma beleza”, porque Divaldo sendo espírita, e dentro da
passagem evangélica a que nos referimos, nada de corrigenda iria ocorrer, a partir de então. É claro que
nosso companheiro esclareceu a situação, e passou a agir dentro de suas
obrigações, ou seja, se necessário, seus subordinados iriam ser corrigidos.
Houve época em que espíritas não eram aceitos como jurados,
pelo Ministério Público, sob alegação de que absolveriam os réus, em quaisquer
circunstancias.
Hoje, através de mensagens de espíritos superiores, todos sabemos
de nossa obrigação, e da necessidade de
corrigenda, para a própria evolução
do Ser.
Assim, muito importante que emocionalmente não guardemos
mágoa ou ressentimento e nos utilizemos do perdão, mas se necessário, teremos
de apelar para que sejam observados nossos direitos.
Do contrário, os maus seriam sempre os vencedores, o os bons
derrotados, anulando todo o trabalho de aprendizado e evolução que os
emissários divinos estão empenhados, em relação do nosso Planeta Terra.
Para tanto, todos nós somos os instrumentos.
Precisamos, nós espíritas, estudar mais o Novo Testamento, e
coloco aqui algumas passagens que peço sejam analisadas, e que tratam do
assunto: Epístola de Paulo aos Hebreus Capítulo 12, versículos 6 e 11.
Perdão,
esquecimento, sim, mas correção quando necessária, é o dever de todos nós
espíritas.
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