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terça-feira, 7 de maio de 2013

A QUESTÃO DA OBSESSÃO:

Lincoln Vieira Tavares

         Assunto muito estudado nos meios espíritas, mas que sempre nos chama a atenção, por merecer mais alguma colocação, e que poderá acrescentar algo ao nosso aprendizado.
         É conhecida a teoria, que aprendemos com Allan Kardec, no Livro dos Médiuns, de que a obsessão pode ser classificada nas formas:  SIMPLES, FASCINAÇÃO E SUBJUGAÇÃO.
         Enquanto que na obsessão simples é de se perceber apenas ligeiro incômodo, ou seja, alguma idéia que se fixa ligeiramente, ou algo que se inicia na mente do ser, de modo sugestivo, sempre na forma negativa, na fascinação, o fascinado acredita que está tudo bem, mas ser ele o “dono da verdade”, que está sempre certo, sendo a pessoa mais importante, o centro de tudo,  não aceitando contestações. Já quando subjugado, costuma agir pelo impulso de uma vontade exterior, quase sempre de uma entidade desencarnada, que o coloca sob seu domínio.
         André Luiz, espírito, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, fala ainda  da chamada POSSESSÃO, a qual se refere também Allan Kardec, semelhante à subjugação, talvez ainda mais agressiva, mas que o codificador evitou mencionar, para que, na época, muitos não  confundissem  com a idéia de uma “tomada” pelo gênio do mal, muito em voga no século XIX, e porque não dizer,  ainda até hoje.
         Resta saber quem provoca em quem a obsessão, e temos aprendido que ela pode ocorrer de espíritos desencarnados, para nós encarnados, que é a forma mais conhecida, por exemplo, vinda de inimigos de existências passadas, e sabemos ainda que nem sempre nós somos  as vítimas, mas que às vezes eles é que foram nossas, em época remotas.
         Pode acontecer a influência espiritual negativa em sentido contrário, ou seja, nós encarnados, influenciarmos, através de nossos pensamentos, seres já desencarnados, por exemplo, aqueles entes queridos que já  passaram  para o plano espiritual,  quando nos apegamos a eles, ou então, por exemplo, continuarmos a lançar pensamentos de desamor a supostos inimigos desencarnados.
         Acontece,  ainda, influências obsessivas entre espíritos desencarnados, no plano da vida maior, quando inimigos se reencontram e se digladiam, até que possam se reconciliar, através do perdão.
         Entre nós, na Terra mesmo, ocorre a obsessão entre encarnados, quando criaturas inimigas, através do pensamento, se odeiam.
         Além de tudo isso, é muito comum, principalmente, nos dias atuais, a chamada AUTO-OBSESSÃO, quando o individuo passa a ter determinadas idéias fixas, que terá seguramente por caminho uma futura depressão, atraindo ainda espíritos obsessores,   para completar esse clima enfermiço.
         A solução para tudo isso, iremos encontrar no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, hoje explicado à luz da Doutrina Espírita, que terá de ser precedido no dia a dia de nossas vidas, pelo VIGIAR E ORAR, desde o momento em nos erguemos de nosso leito, ao de nosso recolhimento, e pelo trabalho constante no bem.

Vamos meditar sobre isso?

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