Lincoln Vieira Tavares
No mundo ocidental, o
dia 24 de junho de cada ano é dedicado a João Batista, considerado o precursor,
porque ele, segundo os evangelhos, veio anunciar a vinda de Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Todos
sabemos, pelo que consta do Novo Testamento,
que João, chamado depois o Batista, era filho de Zacarias, que foi
sacerdote do Templo de Jerusalém, e de Izabel, prima de Maria Santíssima,
mãe de Jesus, e que ele veio ao planeta
Terra sete anos antes do Divino Mestre.
Também,
não é novidade para nós espíritas, tratar-se da volta do Profeta Elias,
referido no Velho Testamento, reencarnado, conforme consta de diversas
passagens, por exemplo, em Lucas 1:17 e Mateus 11:14 e 17:12, para onde remetemos os nossos leitores, para que possam tirar suas conclusões.
O
Profeta Elias, que trabalhou, em seu tempo, pelo cumprimento rigoroso da Lei de
Moisés, determinou a execução de 400 profetas do “Deus Baal”, conforme está em
1º Reis 18:40, vindo a resgatar sua
dívida, na qualidade de João Batista, tendo sua cabeça cortada, a mandado do
Rei Herodes, e a pedido de Salomé.
João
pregava o arrependimento, preparando a vinda de Jesus, e batizava, com água,
dizendo que outro viria, do qual não seria digno de “desatar as sandálias” e
que aquele batizaria com fogo e o Espírito Santo.
Tinha
ele discípulos, e levava uma vida simples, espiritualizada, caminhava pelo
deserto, dizendo ser “a voz do que clama no deserto”, e
alimentando-se com bastante modéstia.
Quando
João recebe a presença de Jesus, ele o batiza no Rio Jordão, como que para
apresentá-lo ao povo, e transferir sua missão, dizendo ser necessário que
diminuísse para que ele, o Divino Mestre, crescesse, mandando que seus
discípulos seguissem a Jesus.
Importante
lembrar que João, chamado o Batista, batizava com água, que simboliza a vida, o arrependimento, a
reflexão para a reforma íntima, sendo
que Jesus nunca batizou, sendo que agora entendemos, também, através da
Doutrina Espírita, ser o batismo do fogo
o nosso aprendizado nesta e em todas as existências, pelas quais passamos, o próprio apagar do “pecado
original” cometido por nós mesmos em outras existências, no dizer de
Allan Kardec, e o batismo do Espírito Santo, a eclosão da mediunidade, a ponte
de luz, entre os dois planos, o espiritual e o material.
Temos
de ressaltar, a renúncia de João, exemplo para todos nós, que precisamos
cumprir nossa tarefa e passar adiante, buscando sempre “diminuir para que outros possam
crescer”, em todos os lugares por onde andemos, na sociedade, nos
lares, e principalmente nos Centros Espíritas, ao tempo em que, desenvolveremos
em nós mesmos, os três tipos de batismos referidos, para que sejamos também
precursores para muitas almas, mesmo que, como João, pensemos “clamar
no deserto”, precisamos ir em frente, sempre com Allan Kardec, e sob a égide de Jesus Cristo.
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